sexta-feira, 21 de junho de 2013

O DESPERTAR DE MILHARES

Tal como nos filmes V-Vendetta ou Matrix, milhares despertaram de um
sono profundo. Olharam em volta e perceberam que em nenhum lugar
desse planeta as coisas caem do céu, a não ser os impostos emitidos pelos
que nada prestam em detrimento da dinheirama que recebem.

Foi no dia 17 de junho de 2013 que aconteceu como aquela chuva
torrencial que não avisa, simplesmente inunda tudo que está ao
seu alcance, sem dó nem piedade. Avenidas inundadas por pessoas,
insatisfeitas, cheias de serem feitas de babacas dia e noite pela “muderna
corte” instalada em seus palácios de falcatruas e armações.

Falta dinheiro para tudo que é realmente importante na vida. Educação,
saúde, transporte, habitação, infra-estrutura, saneamento, meio
ambiente. Tudo caindo aos pedaços, enquanto administradores
sociopatas alheios a bomba que se arma perpetuam a pilhagem aos
recursos da colônia.

Essa escória da humanidade, a classe política mundial e em especial a
brasileira que nada teme, pois nasce, cresce e se multiplica no caldo da
impunidade gerada por leis que lhe garantem foro privilegiado e todo
tipo de subterfúgio sacana, típico de republiquetas de banana, mostra-se
perplexa diante dos dias que não querem acabar.

Os sociopatas do poder Investirão no progressivo esgotamento do
movimento. Ninguém praticamente fala nada, e quando fala não
convence. Aliás, nunca convenceram ninguém, mas para tudo, mesmo no
Brasil, há um limite e talvez esse limite tenha sido alcançado.

Mas por que só agora? Aí é difícil de dizer com certeza. Talvez ao acaso,
uma anomalia dentro da normalidade anormal dos brasileiros. De
repente, de onde menos se espera, acontece a luz. Mas sem dúvida a
bancarrota econômica que vai se mostrando cada vez mais clara, dia após
dia, desvalorizando o dinheiro dos sem bolsa disso e daquilo, pressiona
os bolsos e a paciência esgotada dos que só pagam e acompanham
diariamente tanta arbitrariedade, calhordice, superfaturamento e escancaramento
dos políticos sociopatas.

Ficou claro para os manifestantes como para a sociedade que se pressionar,
por uma boa causa, os sociopatas dos governos municipal, estadual e federal
balançam, pois nem eles acreditam nos seus próprios discursos tecnocratas e burrocratas.
Agora é saber até onde vai dar para esticar a corda e até quando a mobilização vai
ter fôlego para lidar com a escória da humanidade. A mesma escória que irá apostar
no gradativo esvaziamento do movimento.

No meu quintalzinho ambiental, reflexo de toda essa zona, onde falta
quase de tudo de qualidade em todos os setores de nossa vida, enquanto
derramam-se coisa de 30 BILHÕES DE REAIS em estádios que agora são
denominados de ARENAS MULTIUSO visto que em muitos lugares como
em Brasília (só podia ser lá) não há times de futebol nem público capaz de
usar aquele troço, a zona ambiental continua comendo solta.

Como de praxe a tal zona é patrocinada pela estatal que fatura com o
tratamento de esgoto que a mesma não faz, enquanto das galerias de
águas pluviais e rios, milhares de metros cúbicos de merda jorram baía
de Guanabara adentro ao custo de UM BILHÃO E DUZENTOS MILHÕES DE
DÓLARES (Programa de despoluição da Baía de Guanabara).

Pois é, vinte centavos foram o estopim da explosão. E os bilhões de
dólares investidos em despoluição que literalmente não geraram qualquer
resultado ambiental prático?

Daqui eu continuo minha marcha quase que solitária em busca de justiça
ambiental.

Mario Moscatelli

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